Doença crônica é
chique?

Você prefere ter
doença crônica ou infecciosa? Teria vergonha de dizer que esta com diarreia, hanseníase
ou AIDS? Acredito que sim. Mas e se você tivesse câncer, hipertensão, ou diabetes?
Também se sentiria constrangido ao afirmar seu estado de saúde? Não é incomum
ver idosos reunidos conversando sobre sua saúde ou sobre quais doenças
crônicas passam. Até mesmo os mais jovens se sentem a vontade conversando sobre
esses assuntos. Mas, por que sentimos repulsa ao falar de doenças contagiosas? E por que,
por outro lado, as doenças crônicas são tratadas com naturalidade e uma piedade
maior? Será que doenças crônicas são chiques?

Diante disso, países
menos desenvolvidos e pessoas mais pobres têm sofrido mais, por sua maior
vulnerabilidade. Ao mesmo tempo, que essas populações sofrem com a desnutrição e com doenças infecciosas,
sofrem com as doenças crônicas. Além disso, a população carente tem que
recorrer ao SUS, que nem sempre é eficiente, sofre por falta de estrutura, de
materiais e de uma rede de profissionais da saúde. Por outro lado, o governo criou o programa mais médicos, afim de
diminuir a carência de médicos e de estrutura, o Hiperdia, acompanhamento na atenção
primária de diabéticos e hipertensos, mas o SUS ainda tem pouco investimento ou
investimento ineficiente na promoção e prevenção de doenças crônicas.
Talvez as doenças
infecciosas tenham passado por um processo histórico de preconceito e tenha
sido desprezada pela mídia e pela sociedade. As doenças infecciosas foram muito
vinculadas aos pobres, negros e homossexuais (AIDS, por exemplo). Diante desse
quadro, as redes farmacêuticas não têm buscado muitos tratamentos para as mesmas,
a preocupação com as doenças infecciosas aumentam à medida que
atingem a população mais rica. Um exemplo é a revolta da vacina.

Por outro lado,
as doenças crônicas estão presentes até mesmo nos grupos minoritários como as crianças
e os índios. Nesses grupos, as DCNTs são particularmente perigosas, devido à fragilidade
desses grupos. As crianças tem um sistema mais vulnerável e irão constituir
futuros adultos doentes, gerando mais gasto na saúde pública; e os índios não tem
a mesma assistência médica que a população que vive no meio urbano.
Diante de todos
esses aspectos, a doença crônica não é chique. Ela é uma doença que
acomete todos os grupos sociais. Não é exclusiva da parcela mais rica, e deve ser tratada e prevenida por toda a população. Ela deve ser entendida como um reflexo da cultura, afinal as crianças tem uma alimentação ruim devido aos hábitos dos pais, e como fruto desse novo estilo de vida, em que as pessoas tem menos tempo e preferem comidas mais rápidas. A promoção da pratica de exercícios físicos e de hábitos alimentares saudáveis é fundamental para a diminuição das taxas de DCNT e para a geração de uma qualidade de vida na velhice.
acomete todos os grupos sociais. Não é exclusiva da parcela mais rica, e deve ser tratada e prevenida por toda a população. Ela deve ser entendida como um reflexo da cultura, afinal as crianças tem uma alimentação ruim devido aos hábitos dos pais, e como fruto desse novo estilo de vida, em que as pessoas tem menos tempo e preferem comidas mais rápidas. A promoção da pratica de exercícios físicos e de hábitos alimentares saudáveis é fundamental para a diminuição das taxas de DCNT e para a geração de uma qualidade de vida na velhice.
Um exemplo do que foi retratado no texto, sobre o fato de que as doenças crônicas estão atingindo também países pobres, é o fato de que muitas indústrias farmacêuticas atualmente usam tais países para obter voluntários o suficiente para testar e validar novos tratamentos. O tema retratado no blog durante o semestre foi de fundamental importância, já que a presença dessas doenças será recorrente em nosso cotidiano médico, além de que as doenças crônicas tem uma grande impacto nos gastos da saúde pública e seu índice só tem aumentado. Assim, são necessários gastos em prol da promoção de saúde, com estímulo à nutrição adequada, exercícios físicos, etc, de modo que se possa haver uma redução de tais doenças no país.
ResponderExcluirReferência: http://bioquimicamanipulada.blogspot.com.br/
As principais doenças que atualmente acometem os brasileiros deixaram de ser agudas e passaram a ser crônicas. Apesar da intensa redução da desnutrição em crianças, as deficiências de micronutrientes e a desnutrição crônica ainda são prevalentes em grupos vulneráveis da população, como em indígenas, quilombolas e crianças e mulheres que vivem em áreas vulneráveis. Simultaneamente, o Brasil vem enfrentando aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias, e as doenças crônicas são a principal causa de morte entre adultos. O excesso de peso acomete um em cada dois adultos e uma em cada três crianças brasileiras. Para o enfrentamento desse cenário, é emergente a necessidade da ampliação de ações intersetoriais que repercutam positivamente sobre os diversos determinantes da saúde e nutrição. Nesse contexto, o setor saúde tem importante papel na promoção da alimentação adequada e saudável, compromisso expresso na Política Nacional de Alimentação e Nutrição e na Política Nacional de Promoção da Saúde. A promoção da alimentação adequada e saudável no Sistema Único de Saúde (SUS) deve fundamentar-se nas dimensões de incentivo, apoio e proteção da saúde e deve combinar iniciativas focadas em políticas públicas saudáveis, na criação de ambientes saudáveis, no desenvolvimento de habilidades pessoais e na reorientação dos serviços de saúde na perspectiva da promoção da saúde.
ResponderExcluirFonte: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-para-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf
Muito interessante a sua postagem. Mostrou definitivamente que as doenças crônicas não são chiques, elas atingem a todas as pessoas, tanto pobres quanto ricas; isso devido ao desenvolvimento, nas ultimas décadas, de hábitos alimentares ruins ( comidas industrializadas ricas em lipídeos e carboidratos mas pobres em proteínas e vitaminas) e também do sedentarismo. As camadas mais pobres são as que mais sofrem, pois tem que se tratar pelo SUS, que muitas vezes não tem a infraestrutura necessária para isso. Uma vez que as DCNT são silenciosas, muitas vezes assintomáticas, é preciso dar mais atenção à elas, sendo que são potencialmente mais perigosas quando se desenvolvem em idosos ou crianças, onde a estrutura do corpo ainda é frágil.
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ResponderExcluirDoenças não transmissíveis são, muitas vezes, consideradas doenças do mundo rico, onde os alimentos gordurosos, o sedentarismo e o alto consumo de tabaco e álcool tornaram-se normais para muitas pessoas. Mas nas últimas décadas, esses fatores de risco e doenças se tornaram muito mais prevalentes em países mais pobres, onde o acesso a médicos e remédios é limitado, e o conhecimento e comprometimento com a prevenção é desigual. Num estudo publicado na véspera da primeira reunião de alto nível das Nações Unidas sobre doenças crônicas, ou não transmissíveis, a OMS afirmou que há muitos meios baratos que os governos poderiam adotar para combater doenças potencialmente fatais. Doenças não transmissíveis - como ataques cardíacos, derrames, cânceres, diabetes e doenças crônicas respiratórias, são responsáveis por mais de 63% de todas as mortes do mundo, matando 36 milhões de pessoas por ano. A OMS prevê que a epidemia global de doenças não transmissíveis acelerará nas próximas duas décadas, tanto que, em 2030, o número de mortes por essas doenças poderia alcançar 52 milhões por ano. A lista de recomendações da OMS inclui medidas que atingem todas as populações, como impostos especiais sobre consumo de tabaco e álcool, legislações que impeçam o fumo em ambientes fechados de trabalho e locais públicos, como campanhas para reduzir os níveis de sal e gorduras trans nas comidas, e programas de conscientização pública sobre como melhorar a dieta e aumentar a atividade física. Outras medidas incluem aconselhamento, triagem e remédios para as pessoas com riscos de doenças cardíacas, câncer do colo do útero e imunização contra a hepatite B para prevenir o câncer de fígado.
ResponderExcluirFonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/oms-diz-que-paises-pobres-podem-combater-doencas-cronicas-com-medidas-baratas-2697181#ixzz3LeBs41o0
O blog trouxe um assunto muito relevante, pois as doenças crônicas estão entre as mais prevalentes na atualidade. O estilo de vida atual, com a vida corrida da população, leva ao consumo de alimentos prontos ou ainda à alimenta fora de casa, nos fast-foods. Isso somado ao sedentarismo tem aumentado o número de pessoas com doenças crônicas. Trata-se de um tema preocupante, pois o tratamento é complexo, envolvendo além de medicações, mas principalmente uma mudança no estilo de vida da população. Nesse modo, observamos que a doença crônica não é chique, mas sim um reflexo dos hábitos de vida da sociedade atual, e mostra a necessidade de incentivo constante à população no sentido de buscar um estilo de vida mais saudável, com uma alimentação mais nutritiva e realização de atividade fisica regular.
ResponderExcluirO grupo das DCNT compreende majoritariamente doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas. Muitas doenças deste grupo têm fatores de risco comuns, e demandam por assistência continuada de serviços e ônus progressivo, na razão direta do envelhecimento dos indivíduos e da população. Com base nesta expectativa, tem-se preconizado mudanças nos sistemas nacionais de saúde, que no lugar de cuidarem predominantemente de condições agudas, passem a se organizar para a atenção continuada de doenças crônicas,
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