DCNT NA INFÂNCIA
No Brasil e em outros
países houve o crescimento de excesso de peso corporal entre os jovens, nas
últimas três décadas, e mudanças nos padrões de alimentação atividade física
acompanharam essa tendência. Estudo com adolescentes brasileiros mostra que,
independente de outros fatores, o sedentarismo está fortemente associado com a
obesidade. O ato de assistir TV, utilizar o computador e jogos eletrônicos está
associado com adiposidade, tanto para meninos quanto para meninas. A relação da
redução da atividade física com a prevalência da obesidade em crianças e
adolescentes se refere principalmente às mudanças nas atividades de lazer ou na
pouca oferta de espaços de exercícios destinado a jovens.
Estudo mais
recente realizado com adolescentes obesos, em que foram submetidos a
treinamentos aeróbicos variados, durante três meses, apresentaram significativa
redução do IMC (12,6%) e na porcentagem de gordura corporal (8,8%). Analisando
os estudos sobre o papel da atividade física na obesidade infantil, somente
alguns têm seguimento a longo prazo do exercício.
O hormônio
leptina controla a ingestão alimentar, atuando em células neuronais do
hipotálamo no sistema nervoso central. No entanto, sabe-se que em indivíduos
obesos há resistência à ação da leptina e aumento da atividade simpática,
simultaneamente, atuante na lipólise e acúmulo de ácidos graxos no sangue, que
se prendem nos vasos sanguíneos. Outro hormônio bastante estudado recentemente
é a grelina, que está diretamente envolvida na regulação, a curto prazo, do
balanço energético.

A Nutrigenômica estuda a influência dos
nutrientes provenientes da alimentação na expressão de determinados genes
responsáveis pela manifestação de algumas doenças e como estas podem ser
prevenidas através de uma alimentação saudável. Esta prevenção pode ser
realizada através de ações efetivas de reeducação alimentar infantil.


O consumo de frutas
e hortaliças pode interferir no consumo de outros alimentos, entre os quais
aqueles ricos em gorduras e açúcares. Em estudo de intervenção randomizado realizado
com 30 famílias subdivididas segundo inclusão de crianças de 6 a 11 anos com e
sem obesidade, aumentou-se a ingestão de frutas e hortaliças e observou-se relação
inversa entre o consumo e a frequência de frutas e vegetais na alimentação com o
consumo de alimentos dos grupos de lipídeos, especialmente os saturados, e
açúcar.
Portanto, a DCNT
é um problema que não atinge só os adultos como também as crianças. As mudanças
no lazer e na alimentação ou as poucas opções de lazer com exercício em
localidades mais pobres têm propiciado um acréscimo no índice de DCNT na infância.
Além desse acréscimo, o aumento da obesidade infantil é um fator de risco para
DCNT na fase adulta. Não importa a classe social, ou a faixa etária, as DCNT atingem a todos e são igualmente perigosa.
Referencia:
O Ministério da Saúde, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Uma das metas principais é controlar e reduzir o excesso de peso e a obesidade, promovendo a alimentação saudável. Os adolescentes são os que mais preocupam o Ministério da Saúde (MS) quando o assunto gira em torno de alimentação saudável. Segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-09, 12% dos brasileiros estão obesos, sendo que os jovens são os que apresentam alto consumo de gorduras trans, saturadas,sódio e açúcar. A meta para os próximos dez anos é elevar o consumo de frutas e hortaliças, reduzir a ingestão média de sal da população brasileira, aumentar a atividade física nolazer e a implementação do Plano Intersetorial de Obesidade, que buscará reduzir o excesso de peso e a obesidade na infância, na adolescência e também na vida adulta.
ResponderExcluirOs pais possuem um papel primordial na determinação da qualidade da alimentação de seus filhos na primeira infância. Se eles oferecerem para os seus bebês refrigerantes, doces, açúcar refinado, chocolate, salgadinhos, frituras, etc. eu estou ensinando ao meu filho a preferir estes alimentos na idade posterior. Esse conhecimento adquirido vai influenciar na determinação da saúde atual e na idade adulta. Em contrapartida, se eles não só oferecerem esporadicamente frutas e hortaliças mas também inseri-las no hábito alimentar familiar, os pais estarão fomentando o aprendizado para a aceitação do sabor dos diversos alimentos saudáveis. Assim, os pais também são responsáveis pelo aumento é desenvolvimento de DCNT em suas famílias e, portanto, no país.
Fonte: http://www.abeso.org.br/lenoticia/765/ms+quer+diminuir+excesso+de+peso+na+juventude.shtml
De fato o crescimento do sedentarismo nas crianças, que passam cada vez mais tempo na frente de televisões e videogames sem se exercitar, contribui bastante para aumentar as chances de ocorrência de DCNT nelas. Mas, além da falta de exercícios, outro fator muito importante é a própria alimentação dos pequeninos, que deve ser rica em frutas e verduras, alimentos que contém muitas proteínas, fibras e vitaminas, que trazem muitas vantagens às crianças; em detrimento ao consumo de alimentos ricos em carboidratos e lipídeos que aumentam os riscos de se desenvolver alguma doença crônica. Mas talvez o fator mais importante seja a influência dos pais, que devem estimular os filhos tanto à pratica de exercícios como a desenvolverem hábitos alimentares mais saudáveis, afinal as crianças tendem muito mais a adquirir certo hábito quando veem um adulto repetindo-o frequentemente.
ResponderExcluirÉ importante acrescentar que, na maioria das vezes, a péssima qualidade alimentar de crianças e adolescentes associa-se, além da obesidade e doenças cardiovasculares, à fome oculta ( déficit de um ou mais nutrientes -vitaminas e minerais essenciais-, que deixa silenciosamente algumas sequelas no corpo). Tal deficiência pode levar a uma apatia e fraqueza, que dificulta ainda mais a prática de atividades físicas pelos jovens, gerando um ciclo vicioso de sedentarismo e doenças. Logo, é necessário um estímulo à prática de hábitos saudáveis pelos jovens, com criação de mais espaços de lazer e esportes, além de promover uma reeducação alimentar de toda a família, já que, como foi dito no post, os hábitos dos pais são fundamentais na formação dos hábitos das crianças e adolescentes.
ResponderExcluirJogar bola, correr, subir, descer. Os pais não precisam ter medo de deixar os filhos livres para explorar o mundo. Machucar-se faz parte do crescimento. Atividades como essas ajudam as crianças a se expressarem com o corpo, e o mais importante, se previnirem contra uma das doenças que mais desencadeiam DCNT's na infância das crianças de países ricos e emergentes, a obesidade. Uma boa alimentação e praticar atividades físicas como as já citadas anteriormente, são práticas que estão sendo esquecidas e dando lugar a jogos de video games e fast food. Colaborando para o aparecimento de doenças crônicas como a diabetes no presente ou no futuro dessas crianças.
ResponderExcluirA doença crônica na infância apresenta uma prevalência bastante elevada com implicações para o desenvolvimento da própria criança e também para sua relação familiar. Estimativas sobre sua prevalência indicam que entre 15% e 18% da população infantil americana pode sofrer de alguma forma de disfunção crônica, incluindo condições físicas, deficiências no desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem e doença mental. A doença crônica se caracteriza por seu curso demorado, progressão, necessidade de tratamentos prolongados e pelo seu impacto na capacidade funcional da criança . Embora o tratamento médico para as doenças orgânicas crônicas tenha evoluído e as taxas de sobrevivência tenham aumentado de forma significativa, a criança geralmente precisa passar por procedimentos médicos aversivos, hospitalizações e agravamento de sua condição física. A doença crônica pode ser vista como um estressor que afeta o desenvolvimento normal da criança e também atinge as relações sociais dentro do sistema familiar. A rotina da família muda com constantes visitas ao médico, medicações e acaba atingindo todas as pessoas convivendo com a criança. Os recursos psicológicos dos genitores, da própria criança e a estrutura familiar interagem e podem contribuir para a adaptação da criança à doença. Por vezes, o
ResponderExcluirdesajustamento da criança doente pode estar mais relacionado com o modo como a família lida com a criança do que com os comportamentos da criança em si.
Referência: http://www.scielo.br/pdf/prc/v15n3/a16v15n3.pdf
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirIsso é grave, isso é preocupante! Um exemplo dramático: nossas crianças, em vez de praticarem futebol, brincam de futebol em videogames. Por outro, tem outra questão igualmente grave que é uma cultura alimentar deletéria que está se formando, e que é patrocinada pela indústria alimentícia (se é que merece esse adjetivo) e pela principal das indústrias, a de massa(Indústria cultura: mídia)! O resultado desse conjunto de fatores está começando se apresentar por meios desses problemas apresentados na postagem. E não há perspectiva boa, ao contrário, espera-se agonização cada vez mais de comportamentos saudáveis, e júbilo de outros pouco saudáveis. Mais uma vez, por favor não abusem, vale a pena assistir o documentário "Muito Além do Peso".
ResponderExcluirOs padrões de vida na atualidade, a correria do dia a dia, são fatores que vem levando a população a buscar meios de ganhar mais tempo. Daí o crescimento do consumo de alimentos prontos e dos fast-foods. Isso aliado ao sedentarismo vem provocando o aumento da prevalência de doenças crônicas na população, e especialmente nas crianças. Trata-se de um problema de saúde pública, pois uma criança que adquire uma doença crônica ainda na infância será um adulto com um risco ainda maior de complicações. Além disso, somam-se os prejuízos causados à qualidade de vida dessas crianças.
ResponderExcluirEm torno de 15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem de problemas de obesidade, e oito em cada dez adolescentes continuam obesos na fase adulta. Pensava-se que as crianças aumentavam de peso por ingerir grande quantidade de comida, mas nem sempre isso é verdade, pois em geral as crianças obesas usam alimentos de alto valor calórico que não precisa ser em grande quantidade para causar o aumento de peso. Outro fator é que as crianças costumam também a imitar os pais em tudo que eles fazem, assim se os pais têm hábitos alimentares errados, isso induz seus filhos a se alimentarem do mesmo modo.¹
Fonte:
1. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/obesidade-infantil.htm